segunda-feira, 21 de junho de 2010

O PREÇO POR SER DIFERENTE

Titulo de livro, de filme ou novela talvez, mas a questão não é romanceada, é homofobia, que gera medo, depressão e morte, onde lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, são vitimas do preconceito e discriminação de uma parte da sociedade hipócrita e de fundamentalistas religiosos. Segundo o grupo Gay da Bahia a cada dois dias um LGBT é assassinado em nosso país, números alarmantes nos mostram que somos campeões em assassinatos por homofobia, e não são homicídios comuns, são esquartejamentos, mutilações, diversas perfurações por faca ou tiro.
Segundo a escala Kinsey de 07% a 12% da população mundial é homossexual, sendo que a orientação sexual pode ser homossexual (atração por pessoa do mesmo gênero), heterossexual (atração por pessoa do gênero oposto) e bissexual (atração por ambos os gêneros). O termo fica bem definido por orientação, ao invés de opção sexual, porque não se escolhe a sua forma de desejo, assim como o heterossexual não escolheu.
Por muito tempo a homossexualidade fora tratada como doença, ora por pecado e como crime, estes três tratamentos principais são ainda colocados em muitos países. No dia 17 de maio de 1990 a organização mundial de saúde (OMS) que desde 1948 classificava a homossexualidade como doença, retirou o código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.
Desta forma podemos colocar que há casos de pessoas que vivem uma vida aparentemente heterossexual e por imposição da família e sociedade na sua vida privada exercem a sua homossexualidade, segundo as associações de Travestis de São Paulo, os seus clientes na sua maioria são casados e na hora da relação amorosa os “machões” preferem ser passivos.
O estigma que o homossexual carrega muitas vezes o impede de viver a sua sexualidade abertamente, preferindo por vezes viver dentro do “armário”, trancado em casa, fechado nas drogas ou na igreja. O preço que se paga ao se assumir vai desde a rejeição e exclusão da família, escola, igreja, trabalho e de outras relações sociais. Sendo alvo constante de piadinhas, chacotas, brincadeiras maldosas, extorsões e humilhações.
Para tanto a orientação sexual deve ser respeitada, é isso que o movimento LGBT busca, não estamos reivindicando que a igreja os aceite, que os padres os casem, queremos a garantia de direitos.
Portanto o combate a homofobia deve ser feito através políticas publicas, discussões, porem de discussões despojadas do casaco da moralidade, do fundamentalismo religioso e acima de tudo da hipocrisia.

Autores:
Evandro Santos Pinheiro é membro do conselho municipal da juventude e do conselho municipal de assistência social
Anízio de Souza dos Santos é membro do conselho municipal antidrogas e diretor do departamento de direitos humanos

5 comentários:

  1. Gostei muito do artigo porque fala sobre a vida cruel, que a diversidade sofre em nosso mundo, quero parabenizar o autor pois fez um trabalho excelente.

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  2. vivemos numa sociedade que blablablabla

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  3. éé hoje em Dia ninguem mais tem aquele respeito que todos devemos ter do jeito que anda a populaçao revoltada sem medo de matar i o pior muitas mortes sem motivo algun...
    Diga NAO A VIOLENCIA,PRECONCEITO,DROGAS,"RACISMO"

    QUEREMOS UM MUNDO DE PAAZ


    PARABÉNS EVANDROO !

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  4. Dizem q vivemos em um pais democrático mas q democracia é essa?sei q o diferente as vezes assusta mas ñ nos da o direito de julgamento nem de dar uma sentença a quem quer q seja,as pessoas tem o direito de ir e vir e fazer o q quiser da vida cabe a nós respeita-lás

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  5. Discriminação com homossexuais é apenas uma parte grande problema. As pessoas tendem a excluir aqueles que possuem comportamento diferente do que é aceitável pela maioria, do que é considerado normal. Seja um homossexual, um deficiente físico/mental ou apenas uma pessoa '' normal '' com hábitos diferenciados, os discriminadores estarão sempre prontos para julgar antes de pensar, antes de conhecer, como se fosse automático.
    O brasileiro se diz um povo hospitaleiro, que abraça os estrangeiros e aceita as outras culturas, mas apenas quando esses estrangeiros estão dispostos a deixar seu dinheiro aqui.
    É necessário respeito e compreensão em todos os níveis, não apenas com determinado grupo.
    Quem aprende a respeitar um, também aprende a respeitar todos.

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